Lázaro Ramos emociona público na Bienal do Livro em Salvador e anuncia ‘Na Minha Pele 2’
Evento chegou ao quarto dia neste domingo (13).
Após uma breve pausa, o ator completou, demostrando felicidade: “Você pode ser aplaudido em qualquer lugar, mas chegar em terra de painho e de mainha e não ser aplaudido, a gente fica triste”.
Não foram poucos momentos em que o soteropolitano foi aplaudido de pé. Em agradecimento, os baianos receberam uma notícia com exclusividade: a segunda versão do livro “Na Minha Pele”, de autoria de Lázaro Ramos. A previsão de publicação é final de 2023.
Mas não foi sobre o “Na Minha Pele” que o também diretor, dublador e apresentador abordou na Bienal. O público baiano conheceu a história do romance juvenil “Você não é invisível”.
O bate-papo com mediação da escritora Maria Dolores Rodriguez reservou momentos de risadas e emoções. A maior parte do público ficou o tempo todo em pé e não havia espaços para reclamações. Olhares de atenção e admiração.
Logo no início da mesa, Lázaro foi questionado sobre gírias baiana na escrita do livro. Ele afirmou que não se recordava de ter feito isso, mas logo se rendeu com a leitura de um trecho em que o autor escreveu: “Peguei a visão de uma coisa”.
Esse momento rendeu risadas do público e de Lázaro, que brincou: “Agora você me pegou”.
“Eu não tinha notado que tinha escrito como baiano, mas se assim foi, eu acho que é bom. Às vezes, em projetos anteriores, me pediam para colocar um glossário com expressões baianas e eu tentava não colocar, porque eu sei que tem algo de tentar oficializar um outro de tipo de linguagem. “Eu sei que tem pessoas de outras regiões do país que não vão conhecer, mas pelo sentido é possível compreender”, disse o autor baiano.
Lázaro Ramos também contou que em “Você não é invisível”, a obra traz histórias de dois irmãos que encontraram formas diferentes de se expressar durante a pandemia.
A continuação para o “Na Minha Pele” já está garantida. Já ao ser perguntando sobre “Você não é invisível”, Lázaro usou o humor para responder.
“Agora eu tenho um agente literário, estou chique, gente. Tenho um pouco de dificuldades de continuar histórias, mas vamos ver, primeiro vocês lêem e se gostarem, vamos pensar na continuação”, brincou.
Entre o meio e final da mesa, o público ouviu declarações fortes e necessárias de Lázaro Ramos. Uma delas foi: “A nossa nação só será plena quando todos tiverem direitos iguais”.
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A estudante Mariana Silva também se empolgou e foi uma das que vibrou bastante após o final da mesa.
“A gente precisa de cultura para alimentar a alma. Nesses últimos dias tivemos a Flipelô, o Panorama de Cinema, agora a Bienal do Livro e todos lotados. Salvador gosta de cultura”, declarou.
Fonte: G1 Bahia